22.12.06

O último número da Economist é dedicada à relação da felicidade com o dinheiro. Algo que foi mudando ao longo das últimas décadas. Para a revista não é evidente que menos trabalho signifique mais felicidade. Mas hoje políticos e economistas centram-se na resolução de um conflito: como fazer as pessoas felizes? E a própria psicologia é uma ciência que é misturada com a economia e a política para ajudar a resolver este dilema. Um excelente livro, que tenho lido pausadamente nas últimas semanas, “Stumbling on Happiness” de Daniel Gilbert ajuda-nos a perceber melhor este universo central nas sociedades modernas. “Não há fórmulas simples para encontrar a felicidade”, escreve o autor.
Keynes considerava, pelo contrário, que mais tempo livre nas sociedades mais ricas levaria os seres humanos a apreciarem os prazeres da vida. Mas muito desse tempo livre foi gasto em consumo: de horas inúteis de televisão, a visitas sem sentido aos hipermercados. Em suma vendemos o nosso tempo livre em troca de trabalho que nos permite consumirmos e termos uma noção nova de felicidade. David Gilbert diz que há felicidade emocional, moral e de julgamento. Mas será que alguma vez as chegaremos a ter?

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