22.5.07

Bjork de volta?

Estava à espera. Afinal Bjork é um uma estrela polar pop. Um meteorito que ilumina, normalmente, os céus da música. Volta, chegou. E, confesso, não foi uma lua nova que ouvi. Foi um quarto minguante. Há aqui bocadinhos de coisas que já escutei dela. E coisas que me recordam A Certain Ratio ou 23 Skidoo do início da década de 80. Ou temas que parece que sobraram de discos antigos dela. Pior: não há uma unidade. Há uma canção de ruptura anti-global: Reclame Independence. Mas para quê gastar tanto dinheiro a fazer um disco, gravado aos bocadinhos nos cantos recônditos do globo e com uma absurda pós-produção? Falta-lhe alma. Falta um rumo. Bjork é, neste disco, uma garimpeira que não descobriu a mina de ouro. De que andará à procura?

8.5.07

This Charming Man

Era esta a grande canção dos Smiths: This Charming Man. Morrissey e Marr escreveram-na há 25 anos, quando o grupo de Manchester iniciou as suas hostilidades melódicas. As capas dos discos, lembro-me, era lindas: de Terence Stamp, de Jean Marais, de Alan Delon. As letras e o som das guitarras eram as de adolescentes que queriam fazer a perfeita canção pop. Lembram-se? Eu lembro-me. De Hand In Glove, de What Difference Does It Make? Os Smiths eram a luz e a sombra. O sol e a noite. Os Smiths eram a magia perfeita. Os Houdini da pop. Vamos voltar a ouvi-los?